sexta-feira, 13 de junho de 2008

1,99 - Um Supermercado Que Vende Palavras



Segue ai uma dica imperdivel em dvd para o final de semana , o filme 1,99 Um Supermercado que venda palavras.
As embalagens ”falam” no 1,99 - Um supermercado que vende palavras, um trabalho experimental bastante curioso do independente brasileiro Marcelo Masagão. Alocado quase que inteiramente em um supermercado fantasia, onde tudo é branco, limpo e uniformemente empacotado, o filme é um protesto criativo contra o acéfalo consumismo moderno. A idéia que as empresas transformam seus produtos em fetiche para vendê-los vem diretamente do livro de Naomi Klein “no logo,” e Masagão faz um trabalho esplêndido ilustrando e até mesmo expandindo seus conceitos.
No filme, os personagens nunca falam, quem o faz são os produtos, com frases de efeito escritas em suas suaves caixas brancas: “macio”, “único”, “sem limites”, “vale a pena”.
Contrastando com a esterilidade laboratorial do cenário estão os compradores com cores, cujas expressões robóticas mostram que foram totalmente cooptados pelo marketing. Mesmo as pessoas são reduzidas a frases diretas e objetivas escritas na tela, que parecem anúncios pessoais: ”homem tímido gosta de vinho e de beijar na boca”, ou o clássico "sem preconceito de raça ou cor, manhãs livres”.
A imaginação fértil de Masagão varia o cenário de compras básico com cortes de um grande número de pessoas andando a volta de pilhas de pneus de borracha, aparentemente as massas que fornecem não só a força de trabalho (dois homens são escolhidos para vigilância do supermercado) mas também o corpo de consumidores servilmente seguindo cada nova moda. Sketches divertidos caricaturam modas de exercícios físicos, telefones celulares e a sala de fumantes. Uma ótima cena mostra um homem encorajado a inserir seu cartão de banco na imagem inetrativa de uma mulher sexualmente excitada.
No entanto, o filme ter uma consistência terrível para alguns porém para mim é fantástica , e alguns espectadores vão achar que a graça dura tempo demais. A câmera de Helcio Alemão Naganine é literalmente brilhante demais para se acompanhar, bastante em sintonia com a trilha abstrata de Win Metens e André Abujanra, que varia de música de elevador a sinos de igreja.
Confira e go Furder !!!

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